RPD da Coreia denuncia <i>complot</i>
A investigação dos EUA e da Coreia do Sul ao naufrágio da corveta sul-corena <i>Cheonan</i> é uma fraude, acusou o Comité de Defesa Nacional da República Popular da Coreia (RPDC). O objectivo, acrescentou, é «levantar uma onda de acusações contra a RPDC, elevando a tensão na península coreana» para, a propósito deste incidente, justificar uma intervenção contra o país.
Reiterando a vontade de esclarecer cabalmente o sucedido, a RPDC nota que sul-coreanos e norte-americanos impediram Pyongyang de analisar os vestígios do afundamento, pretensão que só pode ter sido negada por medo que fossem revelados os pormenores obscuros do caso.
«Queríamos revelar ao mundo a verdade do caso Cheonan de maneira científica e justa», dizem os norte-coreanos. Como tal não foi possível, a RPDC publicou, no início da semana passada, a primeira parte do seu apuramento.
No documento, são demonstradas as incongruências das acusações feitas pelos EUA e pela Coreia do Sul. Entre as mentiras, a RPDC destaca que não existem restos de explosivos que provem que a Cheonan foi afundada por um torpedo. Acresce que a liga metálica e o motor de propulsão do suposto torpedo não condizem com os usados pelas forças armadas da Coreia do Norte.
No mesmo sentido, Washington e Seul apresentaram uma foto do modelo de torpedo, na qual se podia ler «garantido pela RPDC». A questão é que na frase aparecem caracteres japoneses.
Neste contexto, a RPDC da Coreia insiste ser necessário que «todo o mundo veja quão absurdo é o complot montado em torno do naufrágio da corveta Cheonan».
Escalada agressiva
Paralelamente, os EUA prosseguem a escalada agressiva na região. Faz hoje uma semana, a marinha japonesa, em coordenação com as forças armadas norte-americanas, testou com sucesso um novo sistema de intercepção de mísseis balísticos.
O sistema, fornecido pela Lockheed Martin, passa a equipar quatro navios de guerra nipónicos, já que, refere o comunicado conjunto, «ficou provada a sua eficácia».
Os sistemas de defesa antimíssil são um negócio chorudo para empresas do complexo militar-industrial tais como a referida Lockheed Martin, a Boeing Co, Northrop Grumman Corp, Raytheon Co ou Orbital Sciences Corp.